Confrontos. Pressões. Dilemas. Qual adolescente cristão não passa por desafios nos dias de hoje? Veja como alguns deles lidam com conflitos nos colégios, na família e com os amigos, e o que fazem para superá-los
Vestibular no fim do ano, preocupações com o futuro, projetos profissionais, planos para estabelecer uma família segundo a orientação de Deus... Quantas preocupações!
O movimento frenético e ininterrupto dos dias atuais tem trazido todas essas inquietações às cabeças de muitos adolescentes.
As pressões nos estudos, nos relacionamentos com os amigos e até mesmo no convívio familiar são um dos motivos de maior ansiedade para o jovem cristão na atualidade.
Mas se não bastasse todos esses desafios, o difícil mesmo é encarar o pervertido ambiente diário de uma sociedade corrompida em todas as esferas. Esses conflitos podem levar o jovem crente a uma vida manchada pelo pecado, caso ele não tenha firmeza na Palavra de Deus.
O QUE OS COLÉGIOS ESTÃO ENSINANDO?
A atmosfera dos colégios, que até pouco tempo atrás era voltada apenas para a educação e para a diversão, hoje é ligada à depravação e à promiscuidade. Muitos pais já não têm tempo ou disponibilidade para acompanhar os estudos dos filhos. Estes, por sua vez, são “educados” diariamente pelas más companhias, cada vez mais imorais e desprovidas de bons costumes.
DHYELLEN Já enfrentou constrangimento no colégio |
“Certa vez, me perguntaram se eu só ia ter relação depois do casamento. Essa é uma das coisas que sempre me perguntam e riem depois de mim.”, afirma a adolescente. “Dizem que eu sou uma idiota, só porque sou crente. Falam que esse tipo de atitude está ultrapassado, que isso é coisa do passado e que o mundo já evoluiu”, pontua.
Adolescentes como Dhyellen têm sofrido essas pressões constantemente nos colégios. As oportunidades oferecidas para o pecado dentro das escolas nos dias de hoje têm levado muitos jovens crentes a perderem o fervor e a comunhão com Deus.
E o que fazer quando Deus é desprezado e a fé é encurralada na sala de aula? Esse é outro grande problema que afeta os jovens são os falsos ensinos antibíblicos propagados por professores que se dizem mente aberta, mas na verdade são ateus e cegos de entendimento (II Co 4.4).
As aulas humanistas têm trazido perturbações aos adolescentes cristãos, que se sentem pressionados por professarem a fé em Jesus. Quantos já não passaram pelo desafio de defender a Cristo perante discussões calorosas em sala de aula contra o Evangelho?
NOADIA Já presenciou discursos antibíblicos na sala de aula |
Um exemplo disso aconteceu com Noadia Lima, da AD no bairro de Córrego do Jenipapo, no Recife. Ela frequentemente assistia a discursos que iam de encontro às verdades bíblicas. “Nas aulas de sociologia e filosofia, eu presenciava meu professor, que é espírita, falando mal de Deus. Mas eu não sou do tipo de entrar em discussões. Eu ficava caladinha, só dizia que não concordava e dava as minhas explicações”, alega.
Em vez de se irritar com isso, Noadia afirma que se lamentava por esses pensamentos contrários á fé cristã.“Antes, eu ficava muito estressada, mas, com o tempo, eu fui vendo o quanto o mundo precisar ouvir mais sobre Deus, então eu sentia pena dele”, destaca a jovem.
Devido a essas pressões, muitos adolescentes se sentem acuados em meio às afrontas contra a fé cristã nas escolas. Nessas horas, a firmeza na Rocha é fundamental para não naufragar na fé e ser levado por qualquer vento de doutrina (Ef 4.14).
E é assim que analisa o pastor Moacir Demétrio, da Coordenadoria do Departamento de Adolescentes da IEADPE. “As escolas hoje estão a serviço de ideologias que vão de encontro à Palavra de Deus, e isso representa um preparatório para que o cenário da educação fortaleça as ideias anticristãs. Diante desse fato, o adolescente deve se firmar na fé e na Palavra, sempre se fortalecendo nas armaduras de Deus”, esclarece o pastor.
Pastor Moacir lembra que, apesar de não seguir as instruções que se opõem à Bíblia, o adolescente deve saber diferenciar o que é ensinado nas salas de aula das suas convicções. “Ele deve satisfazer o currículo escolar conforme aquilo que lhe foi ensinado, mas sem chocar o que ele aprende na vida acadêmica com a sua fé cristã”, pontua.
Comprometer-se com Deus no ambiente escolar, então, deve fazer parte da conduta dos adolescentes cristãos, buscando valorizar a fé acima dos dogmas ensinos nos colégios.
FAMÍLIA EM QUESTÃO
Viver em harmonia nos lares é o desejo de todo jovem crente. Talvez você tenha nascido num lar cristão, e os seus pais tiveram o cuidado de ensinar o caminho correto da salvação pelo qual você andou. Mas o que acontece quando o convívio familiar não está dentro dessa realidade?
ELIELL Acostumou-se a viver sem a presença do pai |
Eliell David, por exemplo, tem 15 anos e congrega da Assembleia de Deus no bairro da Imbiribeira, no Recife. Ele nasceu num lar cristão, mas conheceu o pai apenas na infância, antes de ele se separar da sua mãe e sair de casa. Acostumado com a ausência do pai, ele diz que não estranha por não tê-lo por perto.
“Eu nunca senti falta dele. Quer dizer, eu sentia no dia dos pais, na Escola Dominical. Eu sempre solava música sobre o dia dos pais, e isso era chato. Agora, falta de amor por parte dele, eu não sinto. Minha mãe sempre ‘preencheu’ essa ausência dele”, ressalta o adolescente.
E para suprir essa falta de uma figura paterna, mesmo estando acostumado com a ausência do seu pai, ele conta com a ajuda da família. “Eu tenho meu avô, que é como um pai para mim, e tenho minhas conversas de homem pra homem com meu tio, com quem eu converso muito”, diz Eliell.
Ir aos cultos para adorar ao Senhor, comparecer aos trabalhos dos órgãos da Igreja e cooperar na obra do Senhor em diversos segmentos é a rotina de muitos jovens cristãos quando vão ao templo. Só que, ao voltarem para casa, encontram um ambiente totalmente desfavorável ao da igreja.
Esse é o caso de Elaine Nunes, 14 anos. Ela serve ao Senhor há três anos. Atualmente, é componente da União de Adolescentes Resplandecer (Unidar), da AD Templo Central no Recife (PE). Porém, no ambiente familiar, ela convive com um pai descrente e às vezes incompreensível em relação à vida cristã da adolescente. “Meu pai fica questionando o porquê da minha fé, por que eu não sou da mesma maneira que as outras pessoas não crentes”, diz a adolescente.
ELAINE Tem a fé questionada dentro da própria casa |
Elaine se lamenta por seus pais estarem separados, e por muitas vezes precisar de um apoio espiritual e não poder contar com a ajuda paterna. “Eles às vezes não me entendem, e por isso é como se não ajudassem também, ou seja, fica mais difícil continuar nos caminhos do Senhor sem ter essa influência dos pais crentes por perto”, pensa.
Em casos iguais ao de Elaine, o pastor Moacir orienta os adolescentes a buscar o apoio necessário na igreja, que tem um papel acolhedor nessas horas. “A igreja é uma retaguarda poderosa e uma família espiritual indestrutível para abrigar todas as pessoas que passam por esses dilemas”, destaca.
O pastor também sublinha a importância de os adolescentes viverem em retidão a Deus para que eles sirvam como uma espécie de intermediador dos pais numa situação tão conflituosa, e como um instrumento de intercessão por eles para que o Senhor restaure a união corrompida.
Já André Santos, 17 anos, também sofre conflitos familiares comuns a muitos outros adolescentes cristãos. Quando ele nasceu, sua família era cristã. Mas, com o passar do tempo, seus pais se desviaram. Hoje, André vai aos cultos sem a companhia deles, e isso traz muita angústia ao seu coração.
“É bastante difícil aceitar essa situação porque a gente vê que a maioria dos familiares do pessoal da igreja é crente, e eu também queria ver minha família salva. Esse é um dos motivos de a minha oração ser tão intensa”, revela o adolescente.
Em relação aos pais que não são evangélicos ou desviados, os filhos muitas vezes são mal compreendidos, como é o caso de Elaine e André. O pastor Moacir os aconselha a buscar aconselhamentos espirituais na igreja e servir como transmissor da mensagem da cruz aos seus pais não convertidos.
“O adolescente é uma faixa etária de interrogações, conflitos e mudanças. Quando seus pais são crentes, ele tem um auxílio para ajudá-lo a passar por essa fase turbulenta; mas quando não, fica difícil. Para isso, o adolescente deve procurar aconselhamento do seu pastor, professor da EBD ou dirigente para ajudá-lo a resolver seus conflitos. O adolescente, no entanto, não deve negligenciar os valores dos pais – mesmo que eles não valorizem o que o filho faz para o Senhor –, porque Deus também abençoa os filhos através dos pais”, ressalta o pastor Moacir.
AS MÁS CONVERSAÇÕES
Seja no colégio, na igreja, no trabalho ou na vizinhança, nossos adolescentes estão sempre cercados de amigos. Aliás, os dias atuais exigem que cada pessoa viva em sociedade, cooperando de forma corporativa para o bem estar social. As Sagradas Escrituras inclusive enfatizam que devemos amar a fraternidade (II Pe 2.17) e procurar ter paz uns com os outros (Rm 12.18).
JULIANNE Criticada pelos amigos por ser crente |
Esse é o caso de Julianne Andrade, de 13 anos. A adolescente aceitou a Cristo há pouco mais de cinco anos, mas, mesmo sendo bastante jovem, já enfrenta dilemas preservar os costumes da Assembleia de Deus.
“As pessoas me criticam por eu ser crente, porque eu uso saia. As pessoas dizem que eu sou ‘jegue’ e que eu sou doida de ir a uma igreja tão rigorosa”, afirma.
Mais do que isso, Julianne sofre perseguição só pelo simples fato de servir ao Senhor. “Dizem também que sou santa demais, e que um dia essa santidade acaba! Mas eu nem ligo, entrego tudo na mão de Deus”, ressalta a adolescente.
Conviver com os ímpios não é uma tarefa tão simples. O pastor Moacir Demétrio lembra que o próprio Jesus sempre esteve cercado de pecadores, e até orou ao Pai para que não tirasse os seus discípulos do mundo, mas antes os livrasse do mal (Jo 17.15). Só que ele ressalta que o adolescente deve ser precavido ao lidar com pessoas não crentes, a fim de não ser seduzido com as propostas indecentes que o mundo oferece.
O pastor ainda orienta os pais a sempre prestar atenção na conduta dos filhos, observando-os e orientando-os a viver debaixo da autoridade paterna e da misericórdia de Deus.
ANDRÉ Recebeu muitos convites errados de falsas amizades |
Aliás, são os falsos amigos descrentes que andam segundo o curso do mundo, e sua atitude é levar o jovem crente para o mesmo caminho do pecado (Pv 1.10-16). Foi isso que ocorreu com André. Antes de ter um reencontro com o Senhor, o adolescente – cujos pais, como foi citado, são desviados do Evangelho – seguia outros caminhos distantes de Deus.
Nessa época, ele apenas pensava em se divertir com os amigos e curtir a vida. “Eu achava tudo normal e tudo de bom. Era o tempo em que eu dizia que era o cara, porque eu me achava o máximo fazendo aquilo”, destaca.
Hoje, André é batizado no Espírito Santo e mantém firme o compromisso de seguir ao Senhor. No entanto, ele sabe que há muitos adolescentes da sua idade que não tomaram a mesma atitude que ele tomou. André diz que realidade deles é muito fraca porque não sabem quem é Jesus na profundidade.
O adolescente crê que falta, por parte dos que não seguem a Cristo fielmente, ter uma real experiência com Deus. “Tem que deixar de pensar de que isso é algo de doido e pelo menos provar um pouco do poder de Deus. Você não conhece nada sem experimentar, não tem como tirar conclusão de algo sem fazer esse teste. Logo, não tem como saber se isso que as pessoas sentem é doidice se nunca experimentar. É necessário abrir o coração para pelo menos provar só um pouquinho do poder de Deus”, diz André.
Reportagem especial via Assem-Bereia de Deus
nossa esse blog e uma bençao parabens.sou cantor,joven tenho um livro escrito "jovens cristao" tenho 16 anos ja passei pelo mesmo problema DHYELLEN mas para gloria de Deus eu venci tenhos 85 hinos meu sou assembleiano tambem morro em diolandia distrito de itapuranga goias
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