O culto de missões no quinto dia da 55ª Escola Bíblica de Obreiros da Assembleia de Deus de Pernambuco entra pra história por ser um dos mais ornamentados, criativos e emocionantes já realizados pela igreja pernambucana.
Figurinos, músicas, bandeiras e lágrimas fizeram parte de um dos mais belos processionais de missões, realizado esta noite, no Templo Central. Desde o fim da tarde, os participantes do cerimonial arrumavam seus trajes, faziam os últimos ajustes e ficavam de prontidão.
O culto começou com os cânticos congregacionais e a participação musical da Orquestra Doce Harmonia, do Templo Central, e do Coral da AD de Jaboatão dos Guararapes. Enquanto as músicas eram cantadas, os participantes do processional já estavam a postos.
O presbítero Emanuel França, então, começou a narração do processional com a entrada de um globo, iluminado com fortes luzes estrategicamente colocadas na galeria e conduzido por quatro adolescentes. Era a representação de um planeta carente da mensagem do Evangelho.
Em seguida, foi a vez dos discípulos, tendo nas mãos redes e cestos, que, à medida que seus nomes eram anunciados, deixavam os objetos pra trás para atender o chamado de Jesus. Assim como os discípulos, os missionários atuais também receberam a vocação divina para a obra. Os representantes dos obreiros enviados da igreja, então, se levantaram dos bancos onde estavam, no meio da igreja, e se dirigiram ao púlpito, assim como um dia fizeram, deixando o anonimato para assumir a responsabilidade de fazer a obra de Deus.
Na sequência, entraram os figurantes trajados com roupas típicas de Israel e da Palestina, acompanhados por bandeiras dos dois países. Depois de descerem a escadaria central, o judeu e o palestino se abraçaram e estenderam uma faixa com os dizeres “Paz”, convocando a igreja a orar pela paz no Oriente e levar Cristo a estas nações.
Por fim, ao mesmo tempo em que vários rapazes trajados de preto com bandeiras de diversos países preenchiam o Templo Central e se dirigiam à galeria, outras dezenas de jovens com vestes típicas de várias nações entraram e se ajoelharam em frente ao globo. Alguns, como uma indiana e uma afegã, expressaram, emocionados, a realidade dos países. Todos tinham uma mesma expressão: “ajude-nos, precisamos de salvação”.
Após o número, o pastor Sérgio Bastian trouxe uma cativante mensagem também falando de missões. O pastor soube falar do assunto com propriedade, já que ele foi missionário na Argentina e nos Estados Unidos.
Baseando-se em Atos 13, o pastor falou da importância que a obra missionária teve e tem para a igreja. “A igreja não pode deixar de se espelhar no trabalho que os primeiros missionários fizeram na nossa pátria”, disse. Ele lembrou que Barnabé e Paulo, os pioneiros na missão da igreja, eram homens chamados por Deus e tinham um coração generoso, e que é esse tipo de missionário que Ele quer. “Deus está procurando homens de disposição que queiram trabalhar”, falou o pastor.
Pr. Sérgio também disse que missionários são chamados diretamente por Deus, e não por indicação humana. “O candidato a missionário não deve ser segundo a nossa ótica, mas sim conforme a escolha do Espírito Santo. E aquele que é chamado tem o cuidado e o sustento da parte de Deus”, afirmou.
O pastor alagoano pontuou que, assim como aconteceu com Paulo e Barnabé (Atos 13.3), missionário só pode atuar se ele tiver uma vida pautada no jejum e na oração. “Fazer cursos, aprender idiomas e ser enviado com recursos é bom. Mas nada é melhor e nada substitui o jejum e a oração”, disse o pastor Sérgio Bastian. Ele ainda falou que nem mesmo a contribuição é mais importante que uma vida de consagração a Deus.
Por fim, o pastor deixou claro que o trabalho missionário é árduo, duro e pesado. “Missão não é turismo. Eu não fui enviado à missão para curtir os cartões postais e os belos lugares turísticos, mas para ganhar almas para Cristo”, disse.
Antes da oração final, o pastor-presidente da AD de Pernambuco, Ailton José Alves, complementou as palavras do pastor Sérgio, falando das lembranças dos momentos difíceis, mas felizes que ele passou no período em que esteve na Argentina, nos anos 80. E concluiu: “Hoje, sou presidente e tenho essa responsabilidade, mas se Deus me chamar novamente, eu vou, porque amo a Jesus e a sua obra”.
O culto terminou com o horário bem avançado, mas ficou marcado no coração e na mente dos que foram ao Templo Central ou acompanharam através da Rede Brasil de Comunicação.
0 comentários:
Postar um comentário